20 de agosto de 2024

Journaling em 2024 até o momento | Journal Chronicles #03

2024 tem sido um ano esquisito para mim no departamento de journaling. Na verdade, acho que é mais que esquisito; na verdade, não tenho sentido muito o hábito na minha vida desde o final do ano passado. Apesar da frequência com que escrevo para mim ter diminuído, ainda consigo manter alguma constância. Até o momento, já preenchi quatro cadernos em 2024. Só que algo está meio travado, meio morno; não tenho sentido aquela empolgação para escrever. Não sei se diria que estou passando por um journaling slump, mas definitivamente estou em uma fase meio sem graça.

Talvez seja apenas o reflexo de como a vida anda no momento? Ou talvez, de como eu acho que ela está andando no momento? Ou talvez seja porque estou vivendo um momento de silêncio e não sei bem como lidar com isso. Estou tão acostumada a estar sempre dialogando comigo na minha cabeça que quando resolvo ficar quieta, acho estranho e começo a pensar que deve ter algo de errado. Mas, sabe, os silêncios são necessários. E isso vai refletir na escrita, no journaling.

Em todo caso, tenho mantido alguma forma de registro como posso. Definitivamente a maior mudança nesse departamento da minha vida foi o abandono do bullet journal. Se não me engano, me mantive firme e forte nessa forma de organização de responsabilidades desde 2018, até que simplesmente não consegui mais suportar a ideia de precisar personalizar as páginas para que elas se adaptassem às minhas necessidades. Acho que esse é o ponto mais legal do método bullet journal e funcionou muito bem para mim durante todos esses anos, mas precisei mudar.

Então voltei para as agendas; neste caso, para uma agenda planner (nem sabia da existência deste conceito) e, mesmo estranhando no início, logo me adaptei. Ainda acho que não tenho necessidade de todas as funcionalidades e certamente algumas seções ficarão em branco até o final do ano, mas devo repetir a experiência em 2025; inclusive, já estou namorando os modelos da coleção da Cícero para o ano que vem. 

Ah, sim, este ano estou usando o modelo Pássaros - Floresta Tropical na cor branca, tamanho A5. Não estou me sentindo muito tropical este ano (aliás, só fui à praia uma vez e foi em janeiro), mas acho essa capa linda e certamente me sinto mais motivada a buscar uma vida organizada toda vez que vejo a capa bonita.

Já o journal da vez é o de número 26! Depois de dois cadernos em tamanho A5 nos quais me senti profundamente intimidada, resolvi mudar para B6. Tive duas experiências com o tamanho em 2022 e minhas boas lembranças ajudaram a tomar essa decisão em abril. Já estou no terceiro nessas medidas e acho que devo seguir assim até o fim do ano, mas nunca se sabe que tipo de mudança posso decidir fazer com a chegada da primavera. 😅

A falta de empolgação se estendeu também para a categoria das canetas, de forma que não saberia dizer se tenho algum tipo de preferência no momento. Na agenda, tenho usado a Pentel Energel retrátil de ponta 0.5 mm na cor navy blue e faço alguns detalhes usando um marcador verde pastel da Cis e também um verde água (turquesa?) pastel da Faber Castell que esqueci de fotografar. No journal, usei um pouco este outro modelo da Pentel Energel, da linha (?) Wave, na cor verde com ponta 0.7 mm e achei a cor bem bonita, mas detestei a falta de conforto proporcionada pela caneta. O pior é que comprei pela Amazon e tive que comprar mais de uma; e comprei da marrom também! 😭

Em algum momento, decidi parar de experimentar com cores e voltei para o preto básico. Usei um pouco essa Oval, da Spiral, que também tem ponta 0.7 mm e gostei de como a cor fica viva no papel e também de como ela é macia para escrever; mas senti que ela passou um pouco para o outro lado e depois de um tempo, começou a falhar. Ainda assim, valeu a experiência. Tenho uma azul também, que terei que usar eventualmente. Depois dessas duas experiências medianas com canetas gel, voltei para as tinteiro. A da vez é um modelo genérico da Lamy Safari que comprei na AliExpress; queria uma em cor pastel e me contentaria com um modelo Jinhao 777, mas como já tenho o trio macaron, fui atrás de outra cor (consumista, eu?) e acabei comprando logo três. A amarelinha é uma graça e a escrita é deliciosa, super macia, parece que está deslizando pelo papel.

Ela é ponta fina, mas acho que é um pouquinho mais grossa que as da Jinhao 777 e isso faz toda a diferença. Comprei também a de cor lilás, que é tão confortável e perfeita quanto a amarela. O mesmo não digo da branca que adquiri na mesma compra. Acho que é sempre uma questão de sorte e azar quando a gente compra esses produtinhos baratos da China. 

Segue abaixo um teste das canetas gel, caso alguém se interesse por esse tipo de coisa.

E por hoje é só! Até o próximo post! 😉


20 de junho de 2024

The road so far #03 • 20/06/2024

Diz o ditado que quem é vivo sempre aparece, então aqui estou! Já faz mais de um ano que fiz um post desse tipo, então é bem provável que a minha memória vai me trair, mas vou tentar fazer o meu melhor nesse resumão da vida até agora. 😅

Vida
Após um semestre estudando Psicanálise, decidi parar. A verdade é que, além de não estar satisfeita com a estrutura do curso e nem com o método, também não acho que estava no momento adequado para embarcar em uma jornada tão profunda e séria como essa. Ainda não decidi como (e se) vou retomar os estudos. 
Boa parte do ano de 2023 foi em reformas aqui em casa. A experiência toda, como é de se esperar, foi caótica e cansativa e, graças à Deus, já passou. Espero não ter que passar por isso de novo tão cedo. Em todo caso, algo de muito positivo saiu dessa experiência: Chico, o gato da família. Durante todos os meses de reforma, o gatinho do novo vizinho resolveu nos visitar e, aos poucos, foi nos adotando. Agora, ele oficialmente mudou de casa e de família e é a alegria de todos nós. Então é isso, agora eu sou gateira e mãe de pet. 😸

Chico, meu gatinho gostoso (26 de junho de 2023)

Por fim, em abril (ou foi maio?) fiquei doente e acho que foi dengue. Foi horrível, tive febre como nunca tive antes e, basicamente, passei dias apenas existindo para dormir. Felizmente, me recuperei sem muitas complicações e agora passo bem.

Blog & vida online
Parte da parca quantidade de posts neste espaço nos últimos meses se deve à minha falta de identificação com o mesmo. Senti que precisava fazer algumas mudanças para me sentir mais motivada e espero que tenha encontrado a solução. Mudei o layout usando um dos modelos clássicos do Blogger e gostei do resultado; ficou com cara de blog das antigas e sinto que isso tira um pouco da pressão auto infligida para atualizar. Também achei necessária uma mudança no nome e agora o blog se chama a journal keeper. É uma mudança sutil, mas para mim fez toda a diferença. 
No que diz respeito aos meus outros espaços online, decidi desativar o meu blog literário porque não via mais sentido em continuar a manter um espaço em que basicamente replicava posts do Instagram. De forma geral, minha forma de compartilhar minhas leituras mudou bastante nos últimos anos, tenho optado por algo mais breve e pouco sério. Então, o perfil @michasreads já é o suficiente. Como gosto de seguir listas literárias e fazer desafios (de uns tempos pra cá, na velocidade de uma lesma!), criei o espaço readingchallenges14 para arquivar as minhas opiniões sobre essas leituras especificamente. É o mais próximo que cheguei de manter um caderno de leituras. A ideia é manter um registro pessoal, mas optei por deixar público porque pode ser de utilidade para alguém. 😊

Journaling
Minha rotina de jounaling não trouxe nada de muito diferente até o momento em 2024. Depois de dois cadernos A5, decidi mudar para B6 e acho que esse será o formato no qual devo seguir até o fim do ano. 

Journal atual, #25, tamanho B6; caneta Jinhao 82 na cor Milky e com ponta M. (19 de junho de 2024)

Tive algumas experiências desconfortáveis com canetas que resultaram em dores na mão e, por isso, tive uma fase de caneta gel (Pentel Energel <3), mas agora já voltei para as tinteiro e my one true love têm sido as Jinhao 82; já tenho quatro em tamanho normal e uma mini e não confirmo e nem nego que ontem tenha adquirido mais uma. Quando eu viro a louca do stationary, ninguém me segura. Entre as tintas, Royal Blue (Pelikan 4001) e Graphite (Diamine) são os maiores destaques. No momento, estou me registrando em marrom (mistura de Brilliant Brown e Brilliant Black, da Pelikan 4001).

Leituras
Ainda não recuperei o meu ritmo de leitura dos tempos de Youtube, mas acho que estou melhor do que nos últimos dois anos. No momento, estou apaixonadinha por uma série de cozy mystery disponível no Kindle Unlimited e na Audible chamada The Vampire Knitting Club que é basicamente whodunit com vampiros que gostam de fazer tricô na cidade de Oxford. 
Outras leituras que realizei nos últimos tempos e que merecem destaque são: A Canção de Aquiles e The Seven Deaths of Evelyn Hardcastle. Livros bem diferentes, mas que me ganharam e certamente estarão entre os favoritos do ano. 

Filmes & Séries
Sigo me atualizando na velocidade de Morla, a tartaruga anciã. Dos que assisti, destaco os últimos dois filmes da franquia Pânico, que trazem a Jenna Ortega. Slasher é um dos meus gêneros favoritos e realmente não tenho do que reclamar nesses filmes. Não sei o que será do futuro da série, mas aguardo ansiosamente mais uma sequência.

Tarot
Não tenho explorado muito o universo das cartas este ano, mas quando o faço uso o bom e velho sistema Rider Waite Smith. Dois decks se destacaram até o momento em 2024: Morgan-Greer Tarot (um dos primeiros que comprei e que adoro, mas não uso muito) e o Smith Waite Centennial Borderless (clássico, não tem erro).
Também aproveitei os últimos tempos para fazer com a minha coleção de baralhos o que já faço há anos com a de livros: me desapegar. Alguns já foram vendidos e outros seguem à venda. 
Outro ponto que merece destaque é que me aventurei ainda mais no território das personalizações de decks. Além de colorir as laterais, decidi cortar as bordas de alguns e é impressionante o efeito que isso causa em algumas cartas. As imagens ganham vida. Adorei o resultado no Robin Wood Tarot e no Tarô Mitológico e não vejo a hora de usar.

Música
Obviamente, Taylor Swift. A mulher lançou mais trinta e uma músicas, então é bastante coisa para assimilar. Três meses depois, ainda não sei dizer exatamente o que penso de The Tortured Poets Department além de que gostei. Não sei onde o álbum vai figurar no meu ranking da Taylor e nem se será um dos meus trabalhos favoritos, mas por enquanto, é o que eu mais tenho gostado de ouvir.
Achei o álbum principal mais coeso, mas acho que à longo prazo, as músicas de The Anthology (não todas) serão as que nunca vão sair da minha playlist.

No momento, o meu TOP 5 TTPD é o seguinte:
1 - The Albatross
2 - The Black Dog
3 - So Long London
4 - Peter
5 - But Daddy I Love Him

Também acho que é preciso falar da bridge de The Smallest Man Who Ever Lived, que já entrou para a  minha lista de bridges favoritas da Taylor. Sem dúvidas "I would've died for your sins, instead I just died inside" está do lado de "You kept me like a secret, but I kept you like an oath" na lista de letras impactantes e dolorosas. Ainda estou processando o fato de que o álbum é quase todo sobre o Matty Healy. A Taylor Swift é mesmo uma caixa de surpresas.

Além de Taylor Swift, também ouvi bastante essas músicas: 

1. Mercy Mirror (Within Temptation) - eu amo essa música e durante meses ela ficava no repeat.
2. My Songs Know What You Did In The Dark (Fall Out Boy) - nunca gostei de Fall Out Boy, mas essa música é boa demais e merece reconhecimento.
3. Fallen Angel (Gabrielle) - certa vez ouvi essa música no rádio e não consegui descobrir o nome; durante anos fiquei com a melodia do refrão na minha cabeça na esperança de que um dia eu fosse conseguir descobrir; demorou, mas consegui. Agora esta é uma das minhas músicas favoritas.
4. Mmmbop 2.0 (Hanson feat. Busted) - os irmãos Hanson regravaram o maior hit da carreira deles e essa versão é tudo o que eu sempre quis e muito mais. PERFEITA.
5. Don't Fear The Reaper (HIM) - essa também é uma das minhas músicas preferidas da vida e eu adoro esse cover. Não supera a original do Blue Öyster Cult, mas é bem boa.
6. Better With You (Simply Red) - ouvi aleatoriamente no rádio e me apaixonei imediatamente; é uma música gostosinha e que nunca enjoa.
7. Dynasty (MIIA) - ouvi em um shorts aleatório no Youtube e achei bem legal, com cara de trilha sonora de The Vampire Diaries; é provavelmente uma das que mais ouvi em 2024.
8. Always Been a Dreamer (Staffan Carlén) - adoro essa música! Ela é nostálgica, envolvente e gostosinha demais de ouvir!
9. One of Us (The Hooters) - outra música favorita e nunca havia ouvido essa versão. Não sabia que a Joan Osbourne não era a compositora, mas sim os caras dessa banda. É uma versão bem diferente, mas bem bonita.
10. Expresso (Sabrina Carpenter) - tenho a impressão de que todo mundo que está vivo em 2024 não vai conseguir escapar dessa música e acho justo. É hit e merece toda a atenção. Adorei e estou bem empolgada para o próximo álbum da Sabrina Carpenter.


E é isso, por hoje é só! Até o próximo post! 😉

28 de janeiro de 2024

1989 (Taylor's Version) (Taylor Swift, 2023) | TayloReview #03

Entre os acontecimentos da última semana que mais me marcaram de alguma forma está o fato de que finalmente me entreguei ao 1989 (Taylor's Version). Acho que a minha vida estava tão caótica e desconectada que não estava conseguindo dar atenção às coisas que normalmente me deixam feliz. Mas, assim, sem muita explicação, lá estava eu apertando o play no Spotify e me permitindo contagiar pela obra-prima pop da Taylor Swift. 

Porque é isso, nenhum álbum pop dela vai superar o 1989. Nem mesmo a regravação. Ainda assim, há algo de especial em ouvir a Taylor Swift revivendo as músicas tantos anos depois. Aliás, praticamente uma década depois.

A voz dela está mais potente e a produção, de forma geral, está mais avançada com  novas tecnologias; e isso é bom, porém a emoção e atmosfera geral são outras. Tantos anos já se passaram que é como se a Taylor já não se lembrasse de como se sentiu quando escreveu as músicas do 1989. E acho que isso é bem normal, até porque ela viveu novas experiências e outros amores depois disso. Sem contar todas as conquistas profissionais que vieram após o álbum.

Em 2014, a Taylor queria se reinventar para se manter relevante na indústria, se desafiar e provar que ainda merecia ocupar seu espaço. O resultado é um trabalho que capturou todo esse anseio, assim como toda a loucura e intensidade que é ter vinte e poucos anos e ser enxergado como um adulto, mas sem se sentir como um. No fundo, a década dos vinte é como uma adolescência tardia para os millennials.

Toda essa atmosfera se perde na regravação, já que hoje a Taylor é uma mulher com uma carreira bem consolidada e com méritos profissionais reconhecidos e premiados. Toda a insegurança da jovem de 24 anos já não existe mais. É bem provável que a Taylor ainda tenha algumas incertezas, mas ela sabe quem ela é, o que quer fazer, para onde quer ir e o que esperar profissionalmente. Ela não precisa se provar mais. E acho que é justamente essa confiança que tira um pouco do brilho da regravação do 1989.

Ainda assim, gostei de finalmente ter conseguido ouvir o álbum e apreciar o projeto pelo que ele é. Como muitos, também considero algumas das escolhas de produção questionáveis e responsáveis por prejudicar algumas faixas; mas não quaisquer faixas e sim algumas das melhores do 1989 e da carreira da Taylor. Particularmente, músicas que eram minhas favoritas do álbum.

Lembro que em 2016, quando me tornei swiftie, nem pensava duas vezes antes fazer o meu top 3 do álbum: New Romantics, Out of The Woods e Style. Dessas, apenas uma ficou boa  - aliás, melhor que a original - na regravação: Out of The Woods. Style ficou esquisita e New Romantics parece uma demo.

Sobre as faixas From The Vault, dá para dizer com 100% de certeza que é a melhor seleção até o momento (tenho altas expectativas pelo que virá com a regravação do reputation). Todas as músicas são ótimas e a minha favorita é Say Don't Go, mas Suburban Legends tem um charme que pode torná-la uma favorita.

26 de dezembro de 2023

Retrospectiva de journaling 2023 | Journal Chronicles #02

De forma geral, em 2023 o hábito de escrever no journal esteve tão presente na minha rotina que se tornou algo bem consistente. Diferente do que houve no ano passado, não me pressionei para escrever todos os dias e o hábito fluiu de forma bastante natural.

O maior aprendizado foi perceber quando o hábito se torna fonte de ansiedade por eu estar usando a ferramenta de forma errônea. Mais uma vez, me lembrei que o mais importante é a escrita e não a estética e quero cada vez mais voltar ao básico. Será que em 2024 conseguirei manter um journal sem decorar as páginas? Ou com apenas algumas colagens? Difícil saber.

Em determinados momentos, usei o journal de forma excessivamente autoanalítica (estudante de psicanálise, oi!) e acho que isso contribuiu também para a sensação de ansiedade. Então, quero voltar a trazer a leveza para a minha prática e a manter o foco na função de registro.

Com exceção do primeiro caderno de 2023 - o journal #15 -, todos os outros foram no estilo flex. Gostei, mas enjoei. Por ter sido, provavelmente, o meu estilo favorito em 2022, este ano acabei usando bastante e acho que vou dar um tempo no ano que vem. Ah, outro ponto: foi uma loucura usar cadernos com mais de 160 páginas! Eu disse que não iria repetir a experiência depois do journal #15, mas cinco cadernos depois lá estava eu cometendo esse absurdo com um journal de quase 300 páginas! Repito: uma loucura!

Para 2024, minha meta é voltar ao meu formato mais "clássico", isto é, os cadernos A5 de capa dura e cerca de 80 folhas.

Journal #15: o caderno mais bonito que usei em 2023, foi claramente feito para ser um diário. Espaçamento entre linhas satisfatórios, principalmente porque me permitiram usar canetas de ponta fina e grossa. Durante esse journal, vivi a saga em busca da cor marrom perfeita e, após misturar duas tintas, consegui! Porém, depois de 200 páginas, enjoei.

Journal #16: meu primeiro caderno Cícero e o journal em que mais gostei de escrever. No começo, achei que as linhas eram um pouco estreitas, mas logo consegui me adaptar. A qualidade do papel é realmente boa; usei caneta tinteiro e a tinta não vazou e também não fez sombra. Meus registros foram em azul, mais precisamente, a tinta Pelikan 4001 Blue Black.

Journal #17: gostei de como decorei as páginas usando bastante a cor azul, para combinar com a capa e também com a tinta. Porém, a qualidade do papel é a pior do ano. Realmente não gostei, achei muito fino. Porém, consegui contornar a situação usando apenas ponta extra fine.

Journal #18: apesar de estar gostando de escrever em azul, decidi mudar nesse journal e registrei em verde (Pelikan 4001 Dark Green); usei uma Pentel Energel 0.5 retrátil para escrever a data no início de cada registro e gostei da combinação; mantive a decoração das páginas com essas duas cores. A qualidade do papel é ok. Não é a melhor do mundo, mas é bem melhor que a do caderno anterior. O segredo aqui foi seguir escrevendo em ponta fina.

Journal #19: esse caderno foi o meu modelo favorito no ano passado e decidi reviver a emoção nesse journal. Infelizmente, o papel parece não reagir muito bem com caneta tinteiro e a minha experiência não foi tão boa quanto a anterior. Aqui voltei a escrever em marrom e usei o verde para escrever a data. As duas cores combinaram com os adesivos de café.

Journal #20: o maior journal de todos, com quase 300 páginas. Na verdade, ele foi composto por três cadernos iguais aos do journal anterior. Colei os três e usei washi tape para decorar a lombada. Mantive esse journal durante os meses de reforma em casa, quando todas as minhas coisas estavam guardadas em caixas; apesar de ser uma loucura, fez sentido na época, já que não queria correr o risco de não ter um journal para escrever. Fiquei nele durante quase todo o segundo semestre do ano e já estava bem enjoada quando finalmente cheguei ao fim. Quis testar outra marca de tinta e comprei a Graphite, da Diamine. Porém, também não funcionou e acabei comprando uma Pentel Energel 0.5. retrátil na cor Navy Blue. Foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado, adorei essa caneta.

Journal #21: ainda estou nesse journal e sei que ele vai me acompanhar até os primeiros dias de 2024. Apesar das experiências meio frustradas anteriores, decidi continuar tentando escrever com tinteiro e acho que finalmente encontrei a melhor opção para esse tipo de papel: minha fiel escudeira Jinhao 777 Powder Rosè, também conhecida como a minha primeira caneta e também a mais confiável. Estou usando outra tinta da Diamine, dessa vez é a cor Aurora Borealis; é um verde água lindo!

A Tina, do canal Overall Adventures, criou algumas categorias para fazer a retrospectiva dela no ano passado e gostei tanto que resolvi fazer aqui.

Journal favorito: o journal #16; amei o caderno, amei a tinta e o momento foi bom também, gosto dos registros que estão nas páginas desse journal.

Journal menos favorito: provavelmente, o #15 ou o #19. A vida é feita de altos e baixos e acho que esses cadernos têm os registros dos baixos de 2023. Provavelmente serão os journals do ano que menos terei vontade de ler no futuro.

Técnica favorita: registrar os meus sonhos logo que acordo. É impressionante como rapidamente nos esquecemos deles; eu mesma me esqueci de várias coisas e fiquei bem feliz de ter registrado.

Caneta favorita: a já mencionada Jinhao 777 na cor Powder Rosè; a minha linda Pelikan Jazz na cor Rose Gold; a Pentel Energel 0.5 retrátil na cor Navy Blue. 

Tinta favorita: Pelikan 4001 Blue Black. 2023 foi o ano em que me apaixonei por canetas tinteiro e tentei cores diferentes. Gostei de todas, mas acho que a Blue Black tem fortes chances de rivalizar com preto como minha cor preferida para escrever. Só lamento não ter encontrado ainda uma tinta Navy Blue.

Total de journals: 7

Número de páginas: aproximadamente 1146


Em relação aos meus objetivos para o ano que vem, não tenho muitos. Basicamente se resumem em não gastar com coisas novas (canetas, cadernos, tintas, adesivos, etc.) até eu terminar de usar o que já tenho. Espero conseguir :)

Meus Decks de Tarot favoritos em 2023



2023 foi um ano meio esquisito para mim, de forma geral, e acho que isso refletiu também na forma como usei as cartas. Comparando com as listas dos anos anteriores, acho essa bem peculiar; mas gosto dela mesmo assim. Aqui está o meu TOP 5:

X - Mas Elf Tarot 
Um deck bem divertido que encontrei no AliExpress; perfeito para as festas de fim de ano, com a dose certa de fantasia, brincadeira e sinceridade. Não posso dizer que fiz leituras profundas com ele, mas estaria mentindo se dissesse que tive esse objetivo. No geral, é um deck confiável e que acredito que se tornará mais familiar com o passar dos anos.


Tarot of the Pagan Cats (Mini)
Comprei para ler para o Chico e também porque agora estou apaixonada por gatinhos. É um deck fácil de ler e mescla bem o universo felino com o RWS, mas algumas cartas são mais enigmáticas e exigem certa pesquisa. Então acho que será interessante no futuro fazer um 'deep dive' e estudar as cartas.


Mermaid Tarot 
Forte candidato a se tornar o meu deck preferido; não sei explicar, mas senti algo parecido com o que senti com o Everyday Witch Tarot, apesar de não conseguir ler intuitivamente tão rápido com ele. Para ser justa, estava ansiosa e com muita dificuldade para manter o foco dos pensamentos. Pretendo me aprofundar nele em 2024.


Dreaming Way Tarot
Acho que foi o deck que mais me fez companhia, o período em que o usei foi longo e gostei muito. Esse é outro que já entrou na lista de favoritos; é um deck excelente para períodos de ansiedade e confusão mental. Passa uma sensação de tranquilidade e as mensagens são claras.


The Rider Tarot 
Compra errada, mas que não consegui devolver. Gostei do tamanho das cartas e, de certa forma, ele veio ocupar o espaço deixado pelo meu primeiro RWS. É um dos meus decks favoritos do ano e dá pra dizer que, apesar de não ser o meu RWS favorito, é um deck bastante confiável.


26 de outubro de 2023

TOP 10: meus decks de tarot favoritos

Decidi que já era tempo de fazer um top 10, visto que já estou nessa jornada com o tarot há pouco mais de dois anos e já usei baralhos o suficiente para conseguir fazer uma lista com dez deles.

10º Mystical Manga Tarot

Às vezes eu tenho a sensação de que já atingi o meu limite com esse deck. De fato, ele traz muito mais do que um primeiro olhar pode perceber e eu tenho certeza de que não encontrei boa parte dos detalhes. Porém, sinto que estou enjoada das imagens.

Não sei dizer exatamente o porquê, mas acho que tem relação com o período intenso que passei com ele logo que o adquiri. Eu estava bem ansiosa e estudando bastante e acho que acabei usando demais esse deck. Em todo caso, é um deck pelo qual sou bastante grata pois aprendi bastante com as imagens e as interpretações dos arcanos; e o guidebook é ótimo, um dos meus favoritos. Mesmo assim, sinto que dificilmente irei escolher este deck para fazer leituras no futuro. Talvez seja o momento de aposentá-lo? Não sei. Em todo caso, é um deck que acho bem bonito e que sem dúvidas marcou a minha jornada com o tarot, o que faz com que ele seja merecedor de entrar nesta lista.

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9º Mystic Faerie Tarot
Meu primeiro deck! É verdade que eu tive um tarot de Marselha antes, mas nunca me conecte com ele e/ou aprendi muito, então foi este deck delicado de fadas que me introduziu de verdade ao universo das cartas de tarot.

É um deck bem surpreendente e que engana um pouco por conta da aparência mais leve. Por estar ainda no início da minha jornada, não consegui compreender as cartas totalmente; em todo caso, este é um deck bastante sapeca! Eu sempre tenho a impressão de que ele quer me pregar uma peça, porém ele é eficaz quando quer passar uma mensagem direta.

A verdade é que preciso dedicar um período longo para passar com as fadinhas do jardim místico. Esse é um deck que esconde várias camadas por trás das fadas delicadas e sinto que a minha relação com essas cartas deve se aprofundar com o passar dos anos conforme eu for estudando e aprendendo mais.

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8º Morgan Greer Tarot
Esse é um deck especial. Lembro de assistir vídeos de walkthrough no Youtube e sentir uma conexão com as imagens. Acredito que isso tenha acontecido por causa do estilo meio hippie já que é um deck que foi lançado nos anos 1970. É quase como se fosse possível ouvir as músicas da época quando olho para as cartas.

Ainda não consegui passar um período longo usando apenas essas cartas, mas em 2022 usei o deck para fazer uma tiragem de aniversário e desde então ele é a escolha oficial quando completo mais um ciclo de vida. 

As cartas trazem representações bem parecidas com as do Rider Waite Smith, mas têm detalhes que possibilitam interpretações bem interessantes. Apesar de agora ele ocupar a 8ª posição, acredito que isso possa mudar com o passar dos anos.

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7º Mermaid Tarot
Mais um deck recente na lista! Usei pela primeira vez em 2023, durante o verão, e mesmo não conseguindo me aprofundar nas cartas, pude perceber que elas são bastante ricas. É um deck com camadas e parece destacar pontos menos evidentes nos arcanos. Gostei disso porque faz com que eu perceba outros aspectos das cartas.

Outro ponto que adorei é a interpretação das cartas da corte! De forma simples, mas eficaz, é um deck bastante didático no aprendizado dessas cartas.

Adoro sereias e esse deck é, além de lindo, rico na mitologia desses seres das águas. Sei que vou me conectar mais profundamente com ele nos próximos anos. Ah, esse é um deck com perfil top 5 e que, com certeza, ficará na lista por muitos anos.

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6º Llewellyn's Classic Tarot
Esse é um deck divertido. Lembro que quando o vi pela primeira vez, não muito sentido em tê-lo na minha coleção, mas depois de alguns meses decidi ceder e comprei. Usei bastante logo que ele chegou aqui em casa e até hoje lembro com carinho do período em que estive em sua companhia.

Acho que o que mais gosto nele é o ar divertido e as cores vivas que fazem as imagens parecer em movimento. Elas parecem histórias em quadrinhos, ou desenho animado. Esse aspecto dá um ar menos sério para o tarot e faz o aprendizado ser mais leve. 

Não sei se com o passar dos anos esse deck vai permanecer na lista, mas agora faz sentido que esteja aqui.

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5º Tarot of The Sweet Twilight
Sem dúvidas esse é o deck esquisito da lista. Ele tem uma vibe própria e, provavelmente, é o único da lista que eu não recomendaria para todo mundo.

Esse é um deck com personalidade; no caso, a de um adolescente emocore dos anos 2000 que gosta dos filmes do Tim Burton e também de surrealismo. Gosto dele porque ele não diz nada sobre mim hoje, mas muito sobre meu eu adolescente. É um deck sensível e bastante confuso; é como se ele não soubesse para onde está indo e nem o que ele quer dizer; ele é meio perdido e, ao que tudo indica, tem o seu próprio sistema.

É um deck que me deixa nostálgica e que, ao mesmo tempo, evito usar porque sempre me faz viajar para as profundezas da minha psique. Sei que este é um deck para poucas ocasiões, mas também sei que estas cartas nunca sairão da minha coleção.

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4º Dreaming Way Tarot
Até o momento, este é o deck mais recente da minha lista. Comecei a usar só agora em 2023, mas já foi o suficiente para saber que ele é um deck top 5.

O que mais gosto nele é atmosfera leve e de cores em tom pastel. A arte também me transmite uma sensação de paz e tranquilidade. É um excelente deck para trabalhar em períodos de ansiedade. Digo isso porque, mesmo com a dificuldade em manter o foco, consegui compreender muito bem as mensagens. É um deck que consegue me acalmar e é realmente lindo.

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3º Crystal Visions Tarot
Se eu fosse um deck de tarot, eu seria o Crystal Visions Tarot! A energia dele e a vibe geral é muito minha cara. Ele tem uma estética mágica, mística, de fantasia e também sonhadora. E mesmo com esse ar de sonho e contos de fada, este é um deck com mensagens bem certeiras.

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2º Everyday Witch Tarot
O primeiro deck que considerei favorito! Não tenho muito o que falar para além do que já falei anteriormente, não me canso dele e acho que não vai ter um ano em que ele fique parado na estante esperando para ser usado.

O que mais gosto é que com o passar dos anos nossa relação já é bem próxima e as cartas me trazem certa familiaridade mesmo com tantas coisas ainda para descobrir sobre elas.

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1º Radiant Wise Spirit Tarot
Ainda não sei qual é o meu RWS favorito, mas na última vez em que parei para pensar sobre isso, decidi que era esse Radinat Wise Spirit. De qualquer forma, não tem como competir com a arte de Pamela Colman Smith, visto praticamente todos os demais decks da lista são baseados nela.

O que mais gosto no RWS é que as cartas são carregadas de simbologia que às vezes passa despercebida, mas que conforme vamos aprofundando a relação com o deck , se tornam evidentes. Em relação à versão Radiant Wise Spirit, o que mais me atrai é justamente a coloração mais vibrante e que parece trazer mais vida às imagens; sem dúvidas é um deck do qual nunca me canso e que acho que sempre estará na lista.

5 de abril de 2023

O primeiro journal que concluí em 2023! | Journal Chronicles #01


Esse foi o décimo quinto journal que concluí! O primeiro de 2023, comecei no dia 3 de janeiro e ele me acompanhou até o dia 25 de fevereiro. Praticamente dois meses me registrando nesse caderno claramente criado com o intuito de ser um diário e comercializado pelas lojas Marisa. Comprei em 2021, não resisto à esse design com Mickey retrô. Os detalhes em dourado, lateral das folhas em preto e a fita vermelha para marcar as páginas também são um charme.

De forma geral, gostei desse journal. As folhas têm um bom espaçamento entre as linhas, então deu para escrever com caneta de ponta fina e de ponta grossa. Aqui, me registrei com uma Jinhao 777 (minha primeira caneta tinteiro, na cor rose) e, depois, com uma Parker Frontier. A experiência foi bem interessante e me possibilitou ver as diferenças no desempenho da tinta. Com a Parker, talvez por ter uma ponta mais grossa e a tinta sair mais concentrada, pude perceber melhor as variações nos tons. Gostei disso.

E falando em tinta, foi uma verdadeira saga chegar ao tom exato. Decidi que, depois de um ano me registrando em tinta preta (esferográficas diversas e depois com tinteiro), queria experimentar outra cor. Depois de escolhido o journal, decidi que o ideal seria o marrom. Comprei a tinta Pelikan 4001 Brilliant Brown e detestei o resultado. A cor ficou muito clara, parecendo um laranja. Aí, assisti uns vídeos sobre mistura de tintas e decidi comprar Brilliant Black, da mesma marca, para achar o marrom ideal. Depois de algumas tentativas, cheguei ao tom perfeito de café. Decidi chamar de Perfect Coffee, porque sou dessas, e guardei a mistura em um vidrinho de geleia que estava de bobeira aqui em casa.

Voltando ao journal, a gramatura das folhas também é satisfatória; não tem muito shading.  Acho que o meu único "porém" é a quantidade de folhas. Não é exatamente um problema, principalmente quando o objetivo é que o journal dure bastante tempo. Mas eu me acostumei a concluir os meus cadernos relativamente rápido (até porque acumulei uma quantidade considerável ao longo dos anos; sou a louca da papelaria e não posso ver um caderninho bonito), então fiquei meio desesperada ao ver que esse parecia nunca acabar, mesmo eu mantendo um hábito bastante consistente de escrita. Depois de enumerar, a contagem de páginas chegou a 286! Não gosto de dizer que nunca vou repetir a experiência (até porque tenho outro caderno desse tipo também comprado na Marisa), mas devo demorar para repetir a experiência.

Depois que concluí, optei por algo menos intimidador e, aproveitando uma promoção relâmpago na Amazon, investi no meu primeiro Cícero. A experiência tem sido interessante, mas vou deixar para falar disso quando concluir esse journal. Não deve demorar, faltam só algumas páginas.