2 de setembro de 2024

Listen To Your Heart (Roxette, 1988) | Favoritracks #02

Listen To Your Heart é uma daquelas músicas que, se você foi criança nos anos 90 e ouvia a rádio Alpha FM de São Paulo, você conhece. É o tipo de música que conheço desde que consigo me lembrar; é clássica.

Apesar de ter certeza disso, a memória mais antiga que consigo ter dela é dos anos 2000, mais precisamente de estar assistindo à um DVD que meu pai comprou em uma barraquinha de camelô e que continha uma seleção de flashbacks. Várias daquelas músicas são verdadeiras preciosidades e lembro sempre com carinho.

Acho que é por isso que não consigo dizer muita coisa sobre Listen To Your Heart, a nostalgia que a envolve talvez seja a principal razão de gostar dela e de nunca dar a devida atenção à letra. Mas acho que o refrão é bem direto e enfatiza a mensagem central da música.

E essa música tem toda uma aesthetic que, mesmo sem assistir ao vídeo ou ter acesso à qualquer imagem da dupla Roxette, a gente consegue formar uma imagem na nossa mente. Eu penso em vaporwave e neon. Jaquetas de couro e penteados bem exagerados. Maquiagem escura. É aquela coisa mágica que parece só existir nas músicas dos anos 80.

Da letra, o trecho que mais se destacou para mim agora foi the precious moments are all lost in the tide/ they're swept away, nothing is what it seems/ the feeling of belonging to your dreams.

Antes de escrever o post, fui procurar covers e me lembrei da versão de Glee cantada pela Lea Michele e pelo Josh Groban na 6ª temporada. Ela ficou realmente boa, recomendo bastante. Recomendo também o álbum Look Sharp! (Roxette, 1988).

Gosto da música e ela certamente merece um espaço na minha playlist de favoritas. Mas ela é a favorita? Não.

1 de setembro de 2024

Sign of the Times (Harry Styles, 2017) | Favoritracks #01

Há um tempo eu comecei a me perguntar qual seria a minha música favorita e não consegui responder. Acho que gosto de músicas demais para conseguir escolher apenas uma que seja a minha favorita. Ou talvez eu não tenha pensado muito bem sobre o assunto; então eu resolvi criar um desafio para ver se eu descubro, entre as minhas músicas favoritas, qual é a favorita

Basicamente, abri a minha playlist de favoritas no Spotify e ativei o shuffle. Farei isso durante os trinta dias do mês de setembro e virei aqui registrar alguns comentários sobre as músicas na esperança de que até o final do mês eu cheguei à alguma conclusão. ☺️

A primeira faixa selecionada pelo algoritmo é a belíssima Sign of the Times, do igualmente belo Harry Styles. Desses artistas mais atuais, o Harry é um dos meus favoritos, apesar de eu não me empolgar mais com os lançamentos dele e de não ter parado para dar a devida atenção aos seus álbuns desde o primeiro deles, o homônimo lançado em 2017.

Sign of the Times foi o debut solo do Harry, assim como lead single do álbum.

Gosto da sensação de fim do mundo e apresentada na música e do escapismo apresentado como solução. Lembro daquele ano e a impressão que eu tinha era mesmo a de que o mundo havia se transformado em um caos absoluto e caminhava para o seu inevitável fim. Pensando nos anos que se seguiram, 2017 foi bem inofensivo. De qualquer forma, seguimos vivos e o mundo não acabou. 

Ouvir essa música hoje me faz sentir certa nostalgia em relação à época de seu lançamento e, ao mesmo tempo, um grande alívio por aquela fase agora ser parte do meu passado. Em todo caso, penso com carinho em Sign of the Times e nas lembranças afetivas que ela me desperta.

É a minha favorita da vida toda? Não. Mas acho que é a minha favorita do Harry Styles.

20 de agosto de 2024

Journaling em 2024 até o momento | Journal Chronicles #03

2024 tem sido um ano esquisito para mim no departamento de journaling. Na verdade, acho que é mais que esquisito; na verdade, não tenho sentido muito o hábito na minha vida desde o final do ano passado. Apesar da frequência com que escrevo para mim ter diminuído, ainda consigo manter alguma constância. Até o momento, já preenchi quatro cadernos em 2024. Só que algo está meio travado, meio morno; não tenho sentido aquela empolgação para escrever. Não sei se diria que estou passando por um journaling slump, mas definitivamente estou em uma fase meio sem graça.

Talvez seja apenas o reflexo de como a vida anda no momento? Ou talvez, de como eu acho que ela está andando no momento? Ou talvez seja porque estou vivendo um momento de silêncio e não sei bem como lidar com isso. Estou tão acostumada a estar sempre dialogando comigo na minha cabeça que quando resolvo ficar quieta, acho estranho e começo a pensar que deve ter algo de errado. Mas, sabe, os silêncios são necessários. E isso vai refletir na escrita, no journaling.

Em todo caso, tenho mantido alguma forma de registro como posso. Definitivamente a maior mudança nesse departamento da minha vida foi o abandono do bullet journal. Se não me engano, me mantive firme e forte nessa forma de organização de responsabilidades desde 2018, até que simplesmente não consegui mais suportar a ideia de precisar personalizar as páginas para que elas se adaptassem às minhas necessidades. Acho que esse é o ponto mais legal do método bullet journal e funcionou muito bem para mim durante todos esses anos, mas precisei mudar.

Então voltei para as agendas; neste caso, para uma agenda planner (nem sabia da existência deste conceito) e, mesmo estranhando no início, logo me adaptei. Ainda acho que não tenho necessidade de todas as funcionalidades e certamente algumas seções ficarão em branco até o final do ano, mas devo repetir a experiência em 2025; inclusive, já estou namorando os modelos da coleção da Cícero para o ano que vem. 

Ah, sim, este ano estou usando o modelo Pássaros - Floresta Tropical na cor branca, tamanho A5. Não estou me sentindo muito tropical este ano (aliás, só fui à praia uma vez e foi em janeiro), mas acho essa capa linda e certamente me sinto mais motivada a buscar uma vida organizada toda vez que vejo a capa bonita.


Já o journal da vez é o de número 26! Depois de dois cadernos em tamanho A5 nos quais me senti profundamente intimidada, resolvi mudar para B6. Tive duas experiências com o tamanho em 2022 e minhas boas lembranças ajudaram a tomar essa decisão em abril. Já estou no terceiro nessas medidas e acho que devo seguir assim até o fim do ano, mas nunca se sabe que tipo de mudança posso decidir fazer com a chegada da primavera. 😅

A falta de empolgação se estendeu também para a categoria das canetas, de forma que não saberia dizer se tenho algum tipo de preferência no momento. Na agenda, tenho usado a Pentel Energel retrátil de ponta 0.5 mm na cor navy blue e faço alguns detalhes usando um marcador verde pastel da Cis e também um verde água (turquesa?) pastel da Faber Castell que esqueci de fotografar. No journal, usei um pouco este outro modelo da Pentel Energel, da linha (?) Wave, na cor verde com ponta 0.7 mm e achei a cor bem bonita, mas detestei a falta de conforto proporcionada pela caneta. O pior é que comprei pela Amazon e tive que comprar mais de uma; e comprei da marrom também! 😭

Em algum momento, decidi parar de experimentar com cores e voltei para o preto básico. Usei um pouco essa Oval, da Spiral, que também tem ponta 0.7 mm e gostei de como a cor fica viva no papel e também de como ela é macia para escrever; mas senti que ela passou um pouco para o outro lado e depois de um tempo, começou a falhar. Ainda assim, valeu a experiência. Tenho uma azul também, que terei que usar eventualmente. Depois dessas duas experiências medianas com canetas gel, voltei para as tinteiro. A da vez é um modelo genérico da Lamy Safari que comprei na AliExpress; queria uma em cor pastel e me contentaria com um modelo Jinhao 777, mas como já tenho o trio macaron, fui atrás de outra cor (consumista, eu?) e acabei comprando logo três. A amarelinha é uma graça e a escrita é deliciosa, super macia, parece que está deslizando pelo papel.

Ela é ponta fina, mas acho que é um pouquinho mais grossa que as da Jinhao 777 e isso faz toda a diferença. Comprei também a de cor lilás, que é tão confortável e perfeita quanto a amarela. O mesmo não digo da branca que adquiri na mesma compra. Acho que é sempre uma questão de sorte e azar quando a gente compra esses produtinhos baratos da China. 

Segue abaixo um teste das canetas gel, caso alguém se interesse por esse tipo de coisa.

E por hoje é só! Até o próximo post! 😉


20 de junho de 2024

The road so far #03 • 20/06/2024

Diz o ditado que quem é vivo sempre aparece, então aqui estou! Já faz mais de um ano que fiz um post desse tipo, então é bem provável que a minha memória vai me trair, mas vou tentar fazer o meu melhor nesse resumão da vida até agora. 😅

Vida
Após um semestre estudando Psicanálise, decidi parar. A verdade é que, além de não estar satisfeita com a estrutura do curso e nem com o método, também não acho que estava no momento adequado para embarcar em uma jornada tão profunda e séria como essa. Ainda não decidi como (e se) vou retomar os estudos. 
Boa parte do ano de 2023 foi em reformas aqui em casa. A experiência toda, como é de se esperar, foi caótica e cansativa e, graças à Deus, já passou. Espero não ter que passar por isso de novo tão cedo. Em todo caso, algo de muito positivo saiu dessa experiência: Chico, o gato da família. Durante todos os meses de reforma, o gatinho do novo vizinho resolveu nos visitar e, aos poucos, foi nos adotando. Agora, ele oficialmente mudou de casa e de família e é a alegria de todos nós. Então é isso, agora eu sou gateira e mãe de pet. 😸

Chico, meu gatinho gostoso (26 de junho de 2023)

Por fim, em abril (ou foi maio?) fiquei doente e acho que foi dengue. Foi horrível, tive febre como nunca tive antes e, basicamente, passei dias apenas existindo para dormir. Felizmente, me recuperei sem muitas complicações e agora passo bem.

Blog & vida online
Parte da parca quantidade de posts neste espaço nos últimos meses se deve à minha falta de identificação com o mesmo. Senti que precisava fazer algumas mudanças para me sentir mais motivada e espero que tenha encontrado a solução. Mudei o layout usando um dos modelos clássicos do Blogger e gostei do resultado; ficou com cara de blog das antigas e sinto que isso tira um pouco da pressão auto infligida para atualizar. Também achei necessária uma mudança no nome e agora o blog se chama a journal keeper. É uma mudança sutil, mas para mim fez toda a diferença. 
No que diz respeito aos meus outros espaços online, decidi desativar o meu blog literário porque não via mais sentido em continuar a manter um espaço em que basicamente replicava posts do Instagram. De forma geral, minha forma de compartilhar minhas leituras mudou bastante nos últimos anos, tenho optado por algo mais breve e pouco sério. Então, o perfil @michasreads já é o suficiente. Como gosto de seguir listas literárias e fazer desafios (de uns tempos pra cá, na velocidade de uma lesma!), criei o espaço readingchallenges14 para arquivar as minhas opiniões sobre essas leituras especificamente. É o mais próximo que cheguei de manter um caderno de leituras. A ideia é manter um registro pessoal, mas optei por deixar público porque pode ser de utilidade para alguém. 😊

Journaling
Minha rotina de jounaling não trouxe nada de muito diferente até o momento em 2024. Depois de dois cadernos A5, decidi mudar para B6 e acho que esse será o formato no qual devo seguir até o fim do ano. 

Journal atual, #25, tamanho B6; caneta Jinhao 82 na cor Milky e com ponta M. (19 de junho de 2024)

Tive algumas experiências desconfortáveis com canetas que resultaram em dores na mão e, por isso, tive uma fase de caneta gel (Pentel Energel <3), mas agora já voltei para as tinteiro e my one true love têm sido as Jinhao 82; já tenho quatro em tamanho normal e uma mini e não confirmo e nem nego que ontem tenha adquirido mais uma. Quando eu viro a louca do stationary, ninguém me segura. Entre as tintas, Royal Blue (Pelikan 4001) e Graphite (Diamine) são os maiores destaques. No momento, estou me registrando em marrom (mistura de Brilliant Brown e Brilliant Black, da Pelikan 4001).

Leituras
Ainda não recuperei o meu ritmo de leitura dos tempos de Youtube, mas acho que estou melhor do que nos últimos dois anos. No momento, estou apaixonadinha por uma série de cozy mystery disponível no Kindle Unlimited e na Audible chamada The Vampire Knitting Club que é basicamente whodunit com vampiros que gostam de fazer tricô na cidade de Oxford. 
Outras leituras que realizei nos últimos tempos e que merecem destaque são: A Canção de Aquiles e The Seven Deaths of Evelyn Hardcastle. Livros bem diferentes, mas que me ganharam e certamente estarão entre os favoritos do ano. 

Filmes & Séries
Sigo me atualizando na velocidade de Morla, a tartaruga anciã. Dos que assisti, destaco os últimos dois filmes da franquia Pânico, que trazem a Jenna Ortega. Slasher é um dos meus gêneros favoritos e realmente não tenho do que reclamar nesses filmes. Não sei o que será do futuro da série, mas aguardo ansiosamente mais uma sequência.

Tarot
Não tenho explorado muito o universo das cartas este ano, mas quando o faço uso o bom e velho sistema Rider Waite Smith. Dois decks se destacaram até o momento em 2024: Morgan-Greer Tarot (um dos primeiros que comprei e que adoro, mas não uso muito) e o Smith Waite Centennial Borderless (clássico, não tem erro).
Também aproveitei os últimos tempos para fazer com a minha coleção de baralhos o que já faço há anos com a de livros: me desapegar. Alguns já foram vendidos e outros seguem à venda. 
Outro ponto que merece destaque é que me aventurei ainda mais no território das personalizações de decks. Além de colorir as laterais, decidi cortar as bordas de alguns e é impressionante o efeito que isso causa em algumas cartas. As imagens ganham vida. Adorei o resultado no Robin Wood Tarot e no Tarô Mitológico e não vejo a hora de usar.

Música
Obviamente, Taylor Swift. A mulher lançou mais trinta e uma músicas, então é bastante coisa para assimilar. Três meses depois, ainda não sei dizer exatamente o que penso de The Tortured Poets Department além de que gostei. Não sei onde o álbum vai figurar no meu ranking da Taylor e nem se será um dos meus trabalhos favoritos, mas por enquanto, é o que eu mais tenho gostado de ouvir.
Achei o álbum principal mais coeso, mas acho que à longo prazo, as músicas de The Anthology (não todas) serão as que nunca vão sair da minha playlist.

No momento, o meu TOP 5 TTPD é o seguinte:
1 - The Albatross
2 - The Black Dog
3 - So Long London
4 - Peter
5 - But Daddy I Love Him

Também acho que é preciso falar da bridge de The Smallest Man Who Ever Lived, que já entrou para a  minha lista de bridges favoritas da Taylor. Sem dúvidas "I would've died for your sins, instead I just died inside" está do lado de "You kept me like a secret, but I kept you like an oath" na lista de letras impactantes e dolorosas. Ainda estou processando o fato de que o álbum é quase todo sobre o Matty Healy. A Taylor Swift é mesmo uma caixa de surpresas.

Além de Taylor Swift, também ouvi bastante essas músicas: 

1. Mercy Mirror (Within Temptation) - eu amo essa música e durante meses ela ficava no repeat.
2. My Songs Know What You Did In The Dark (Fall Out Boy) - nunca gostei de Fall Out Boy, mas essa música é boa demais e merece reconhecimento.
3. Fallen Angel (Gabrielle) - certa vez ouvi essa música no rádio e não consegui descobrir o nome; durante anos fiquei com a melodia do refrão na minha cabeça na esperança de que um dia eu fosse conseguir descobrir; demorou, mas consegui. Agora esta é uma das minhas músicas favoritas.
4. Mmmbop 2.0 (Hanson feat. Busted) - os irmãos Hanson regravaram o maior hit da carreira deles e essa versão é tudo o que eu sempre quis e muito mais. PERFEITA.
5. Don't Fear The Reaper (HIM) - essa também é uma das minhas músicas preferidas da vida e eu adoro esse cover. Não supera a original do Blue Öyster Cult, mas é bem boa.
6. Better With You (Simply Red) - ouvi aleatoriamente no rádio e me apaixonei imediatamente; é uma música gostosinha e que nunca enjoa.
7. Dynasty (MIIA) - ouvi em um shorts aleatório no Youtube e achei bem legal, com cara de trilha sonora de The Vampire Diaries; é provavelmente uma das que mais ouvi em 2024.
8. Always Been a Dreamer (Staffan Carlén) - adoro essa música! Ela é nostálgica, envolvente e gostosinha demais de ouvir!
9. One of Us (The Hooters) - outra música favorita e nunca havia ouvido essa versão. Não sabia que a Joan Osbourne não era a compositora, mas sim os caras dessa banda. É uma versão bem diferente, mas bem bonita.
10. Expresso (Sabrina Carpenter) - tenho a impressão de que todo mundo que está vivo em 2024 não vai conseguir escapar dessa música e acho justo. É hit e merece toda a atenção. Adorei e estou bem empolgada para o próximo álbum da Sabrina Carpenter.


E é isso, por hoje é só! Até o próximo post! 😉

28 de janeiro de 2024

1989 (Taylor's Version) (Taylor Swift, 2023) | TayloReview #03

Entre os acontecimentos da última semana que mais me marcaram de alguma forma está o fato de que finalmente me entreguei ao 1989 (Taylor's Version). Acho que a minha vida estava tão caótica e desconectada que não estava conseguindo dar atenção às coisas que normalmente me deixam feliz. Mas, assim, sem muita explicação, lá estava eu apertando o play no Spotify e me permitindo contagiar pela obra-prima pop da Taylor Swift. 

Porque é isso, nenhum álbum pop dela vai superar o 1989. Nem mesmo a regravação. Ainda assim, há algo de especial em ouvir a Taylor Swift revivendo as músicas tantos anos depois. Aliás, praticamente uma década depois.

A voz dela está mais potente e a produção, de forma geral, está mais avançada com  novas tecnologias; e isso é bom, porém a emoção e atmosfera geral são outras. Tantos anos já se passaram que é como se a Taylor já não se lembrasse de como se sentiu quando escreveu as músicas do 1989. E acho que isso é bem normal, até porque ela viveu novas experiências e outros amores depois disso. Sem contar todas as conquistas profissionais que vieram após o álbum.

Em 2014, a Taylor queria se reinventar para se manter relevante na indústria, se desafiar e provar que ainda merecia ocupar seu espaço. O resultado é um trabalho que capturou todo esse anseio, assim como toda a loucura e intensidade que é ter vinte e poucos anos e ser enxergado como um adulto, mas sem se sentir como um. No fundo, a década dos vinte é como uma adolescência tardia para os millennials.

Toda essa atmosfera se perde na regravação, já que hoje a Taylor é uma mulher com uma carreira bem consolidada e com méritos profissionais reconhecidos e premiados. Toda a insegurança da jovem de 24 anos já não existe mais. É bem provável que a Taylor ainda tenha algumas incertezas, mas ela sabe quem ela é, o que quer fazer, para onde quer ir e o que esperar profissionalmente. Ela não precisa se provar mais. E acho que é justamente essa confiança que tira um pouco do brilho da regravação do 1989.

Ainda assim, gostei de finalmente ter conseguido ouvir o álbum e apreciar o projeto pelo que ele é. Como muitos, também considero algumas das escolhas de produção questionáveis e responsáveis por prejudicar algumas faixas; mas não quaisquer faixas e sim algumas das melhores do 1989 e da carreira da Taylor. Particularmente, músicas que eram minhas favoritas do álbum.

Lembro que em 2016, quando me tornei swiftie, nem pensava duas vezes antes fazer o meu top 3 do álbum: New Romantics, Out of The Woods e Style. Dessas, apenas uma ficou boa  - aliás, melhor que a original - na regravação: Out of The Woods. Style ficou esquisita e New Romantics parece uma demo.

Sobre as faixas From The Vault, dá para dizer com 100% de certeza que é a melhor seleção até o momento (tenho altas expectativas pelo que virá com a regravação do reputation). Todas as músicas são ótimas e a minha favorita é Say Don't Go, mas Suburban Legends tem um charme que pode torná-la uma favorita.