26 de dezembro de 2023

Retrospectiva de journaling 2023 | Journal Chronicles #02

De forma geral, em 2023 o hábito de escrever no journal esteve tão presente na minha rotina que se tornou algo bem consistente. Diferente do que houve no ano passado, não me pressionei para escrever todos os dias e o hábito fluiu de forma bastante natural.

O maior aprendizado foi perceber quando o hábito se torna fonte de ansiedade por eu estar usando a ferramenta de forma errônea. Mais uma vez, me lembrei que o mais importante é a escrita e não a estética e quero cada vez mais voltar ao básico. Será que em 2024 conseguirei manter um journal sem decorar as páginas? Ou com apenas algumas colagens? Difícil saber.

Em determinados momentos, usei o journal de forma excessivamente autoanalítica (estudante de psicanálise, oi!) e acho que isso contribuiu também para a sensação de ansiedade. Então, quero voltar a trazer a leveza para a minha prática e a manter o foco na função de registro.

Com exceção do primeiro caderno de 2023 - o journal #15 -, todos os outros foram no estilo flex. Gostei, mas enjoei. Por ter sido, provavelmente, o meu estilo favorito em 2022, este ano acabei usando bastante e acho que vou dar um tempo no ano que vem. Ah, outro ponto: foi uma loucura usar cadernos com mais de 160 páginas! Eu disse que não iria repetir a experiência depois do journal #15, mas cinco cadernos depois lá estava eu cometendo esse absurdo com um journal de quase 300 páginas! Repito: uma loucura!

Para 2024, minha meta é voltar ao meu formato mais "clássico", isto é, os cadernos A5 de capa dura e cerca de 80 folhas.

Journal #15: o caderno mais bonito que usei em 2023, foi claramente feito para ser um diário. Espaçamento entre linhas satisfatórios, principalmente porque me permitiram usar canetas de ponta fina e grossa. Durante esse journal, vivi a saga em busca da cor marrom perfeita e, após misturar duas tintas, consegui! Porém, depois de 200 páginas, enjoei.

Journal #16: meu primeiro caderno Cícero e o journal em que mais gostei de escrever. No começo, achei que as linhas eram um pouco estreitas, mas logo consegui me adaptar. A qualidade do papel é realmente boa; usei caneta tinteiro e a tinta não vazou e também não fez sombra. Meus registros foram em azul, mais precisamente, a tinta Pelikan 4001 Blue Black.

Journal #17: gostei de como decorei as páginas usando bastante a cor azul, para combinar com a capa e também com a tinta. Porém, a qualidade do papel é a pior do ano. Realmente não gostei, achei muito fino. Porém, consegui contornar a situação usando apenas ponta extra fine.

Journal #18: apesar de estar gostando de escrever em azul, decidi mudar nesse journal e registrei em verde (Pelikan 4001 Dark Green); usei uma Pentel Energel 0.5 retrátil para escrever a data no início de cada registro e gostei da combinação; mantive a decoração das páginas com essas duas cores. A qualidade do papel é ok. Não é a melhor do mundo, mas é bem melhor que a do caderno anterior. O segredo aqui foi seguir escrevendo em ponta fina.

Journal #19: esse caderno foi o meu modelo favorito no ano passado e decidi reviver a emoção nesse journal. Infelizmente, o papel parece não reagir muito bem com caneta tinteiro e a minha experiência não foi tão boa quanto a anterior. Aqui voltei a escrever em marrom e usei o verde para escrever a data. As duas cores combinaram com os adesivos de café.

Journal #20: o maior journal de todos, com quase 300 páginas. Na verdade, ele foi composto por três cadernos iguais aos do journal anterior. Colei os três e usei washi tape para decorar a lombada. Mantive esse journal durante os meses de reforma em casa, quando todas as minhas coisas estavam guardadas em caixas; apesar de ser uma loucura, fez sentido na época, já que não queria correr o risco de não ter um journal para escrever. Fiquei nele durante quase todo o segundo semestre do ano e já estava bem enjoada quando finalmente cheguei ao fim. Quis testar outra marca de tinta e comprei a Graphite, da Diamine. Porém, também não funcionou e acabei comprando uma Pentel Energel 0.5. retrátil na cor Navy Blue. Foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado, adorei essa caneta.

Journal #21: ainda estou nesse journal e sei que ele vai me acompanhar até os primeiros dias de 2024. Apesar das experiências meio frustradas anteriores, decidi continuar tentando escrever com tinteiro e acho que finalmente encontrei a melhor opção para esse tipo de papel: minha fiel escudeira Jinhao 777 Powder Rosè, também conhecida como a minha primeira caneta e também a mais confiável. Estou usando outra tinta da Diamine, dessa vez é a cor Aurora Borealis; é um verde água lindo!

A Tina, do canal Overall Adventures, criou algumas categorias para fazer a retrospectiva dela no ano passado e gostei tanto que resolvi fazer aqui.

Journal favorito: o journal #16; amei o caderno, amei a tinta e o momento foi bom também, gosto dos registros que estão nas páginas desse journal.

Journal menos favorito: provavelmente, o #15 ou o #19. A vida é feita de altos e baixos e acho que esses cadernos têm os registros dos baixos de 2023. Provavelmente serão os journals do ano que menos terei vontade de ler no futuro.

Técnica favorita: registrar os meus sonhos logo que acordo. É impressionante como rapidamente nos esquecemos deles; eu mesma me esqueci de várias coisas e fiquei bem feliz de ter registrado.

Caneta favorita: a já mencionada Jinhao 777 na cor Powder Rosè; a minha linda Pelikan Jazz na cor Rose Gold; a Pentel Energel 0.5 retrátil na cor Navy Blue. 

Tinta favorita: Pelikan 4001 Blue Black. 2023 foi o ano em que me apaixonei por canetas tinteiro e tentei cores diferentes. Gostei de todas, mas acho que a Blue Black tem fortes chances de rivalizar com preto como minha cor preferida para escrever. Só lamento não ter encontrado ainda uma tinta Navy Blue.

Total de journals: 7

Número de páginas: aproximadamente 1146


Em relação aos meus objetivos para o ano que vem, não tenho muitos. Basicamente se resumem em não gastar com coisas novas (canetas, cadernos, tintas, adesivos, etc.) até eu terminar de usar o que já tenho. Espero conseguir :)

Meus Decks de Tarot favoritos em 2023



2023 foi um ano meio esquisito para mim, de forma geral, e acho que isso refletiu também na forma como usei as cartas. Comparando com as listas dos anos anteriores, acho essa bem peculiar; mas gosto dela mesmo assim. Aqui está o meu TOP 5:

X - Mas Elf Tarot 
Um deck bem divertido que encontrei no AliExpress; perfeito para as festas de fim de ano, com a dose certa de fantasia, brincadeira e sinceridade. Não posso dizer que fiz leituras profundas com ele, mas estaria mentindo se dissesse que tive esse objetivo. No geral, é um deck confiável e que acredito que se tornará mais familiar com o passar dos anos.


Tarot of the Pagan Cats (Mini)
Comprei para ler para o Chico e também porque agora estou apaixonada por gatinhos. É um deck fácil de ler e mescla bem o universo felino com o RWS, mas algumas cartas são mais enigmáticas e exigem certa pesquisa. Então acho que será interessante no futuro fazer um 'deep dive' e estudar as cartas.


Mermaid Tarot 
Forte candidato a se tornar o meu deck preferido; não sei explicar, mas senti algo parecido com o que senti com o Everyday Witch Tarot, apesar de não conseguir ler intuitivamente tão rápido com ele. Para ser justa, estava ansiosa e com muita dificuldade para manter o foco dos pensamentos. Pretendo me aprofundar nele em 2024.


Dreaming Way Tarot
Acho que foi o deck que mais me fez companhia, o período em que o usei foi longo e gostei muito. Esse é outro que já entrou na lista de favoritos; é um deck excelente para períodos de ansiedade e confusão mental. Passa uma sensação de tranquilidade e as mensagens são claras.


The Rider Tarot 
Compra errada, mas que não consegui devolver. Gostei do tamanho das cartas e, de certa forma, ele veio ocupar o espaço deixado pelo meu primeiro RWS. É um dos meus decks favoritos do ano e dá pra dizer que, apesar de não ser o meu RWS favorito, é um deck bastante confiável.


5 de abril de 2023

O primeiro journal que concluí em 2023! | Journal Chronicles #01


Esse foi o décimo quinto journal que concluí! O primeiro de 2023, comecei no dia 3 de janeiro e ele me acompanhou até o dia 25 de fevereiro. Praticamente dois meses me registrando nesse caderno claramente criado com o intuito de ser um diário e comercializado pelas lojas Marisa. Comprei em 2021, não resisto à esse design com Mickey retrô. Os detalhes em dourado, lateral das folhas em preto e a fita vermelha para marcar as páginas também são um charme.

De forma geral, gostei desse journal. As folhas têm um bom espaçamento entre as linhas, então deu para escrever com caneta de ponta fina e de ponta grossa. Aqui, me registrei com uma Jinhao 777 (minha primeira caneta tinteiro, na cor rose) e, depois, com uma Parker Frontier. A experiência foi bem interessante e me possibilitou ver as diferenças no desempenho da tinta. Com a Parker, talvez por ter uma ponta mais grossa e a tinta sair mais concentrada, pude perceber melhor as variações nos tons. Gostei disso.

E falando em tinta, foi uma verdadeira saga chegar ao tom exato. Decidi que, depois de um ano me registrando em tinta preta (esferográficas diversas e depois com tinteiro), queria experimentar outra cor. Depois de escolhido o journal, decidi que o ideal seria o marrom. Comprei a tinta Pelikan 4001 Brilliant Brown e detestei o resultado. A cor ficou muito clara, parecendo um laranja. Aí, assisti uns vídeos sobre mistura de tintas e decidi comprar Brilliant Black, da mesma marca, para achar o marrom ideal. Depois de algumas tentativas, cheguei ao tom perfeito de café. Decidi chamar de Perfect Coffee, porque sou dessas, e guardei a mistura em um vidrinho de geleia que estava de bobeira aqui em casa.

Voltando ao journal, a gramatura das folhas também é satisfatória; não tem muito shading.  Acho que o meu único "porém" é a quantidade de folhas. Não é exatamente um problema, principalmente quando o objetivo é que o journal dure bastante tempo. Mas eu me acostumei a concluir os meus cadernos relativamente rápido (até porque acumulei uma quantidade considerável ao longo dos anos; sou a louca da papelaria e não posso ver um caderninho bonito), então fiquei meio desesperada ao ver que esse parecia nunca acabar, mesmo eu mantendo um hábito bastante consistente de escrita. Depois de enumerar, a contagem de páginas chegou a 286! Não gosto de dizer que nunca vou repetir a experiência (até porque tenho outro caderno desse tipo também comprado na Marisa), mas devo demorar para repetir a experiência.

Depois que concluí, optei por algo menos intimidador e, aproveitando uma promoção relâmpago na Amazon, investi no meu primeiro Cícero. A experiência tem sido interessante, mas vou deixar para falar disso quando concluir esse journal. Não deve demorar, faltam só algumas páginas.



19 de março de 2023

The road so far #02 • 19/03/2023


Muita coisa aconteceu desde que fiz um post desse tipo, há oito (!) meses! Então vou tentar resumir com a esperança de que o post não fique enorme.

Vida - já faz um certo tempo que não me sinto confortável para compartilhar coisas pessoais na internet, mas acho que nesse caso não posso evitar. Em agosto decidi voltar a estudar e agora sou uma psicanalista em formação. Ainda não sei direito se essa foi a melhor ou a pior decisão que tomei nos meus 33 anos de existência, mas sigo confiante de que foi um acerto. 

Journaling - ainda é a minha atividade preferida, meu hobbie principal. Só que para manter as coisas interessantes, depois de assistir vários vídeos de journalers (?) gringos, resolvi me aventurar pelo mundo das canetas tinteiro e agora estou apaixonada. Quero todas as cores possíveis, assim como todas as canetas. O ponto alto dessa minha nova vida como quem se registra em papel (até o momento) foi descobrir o tom perfeito de marrom misturando Brilliant Brown e Brilliant Black, ambas da marca Pelikan adquiridas em vidrinho na Amazon (melhor site). No momento, me registro com a cor Blue Black e estou namorando Dark Green, pensando no tempo que podemos passar juntos agora que o outono está chegando. Sobre as canetas, comecei timidamente com uma Jinhao 777 rose (comprada no Mercado Livre) e amei demais, mas, depois que compartilhei esse meu novo hobbie com meu pai, ele recordou seus tempos de caneta tinteiro e me deu uma Parker antiga e gostei bastante de escrever com ela. Agora, em março, comprei mais uma Jinhao 777, mas na cor mint. Precisava? Não. Mas estava ansiosa e queria me mimar. Agora quero uma azul bebê também para completar o trio macaron.

Leituras - aos poucos estou tentando retomar o hábito da leitura como hobbie e desde que concluí Depois, do Stephen King, comecei a ler Sem Coração, da Marissa Mayer. É um retelling de Alice no País das Maravilhas...acho. Traz a história da Rainha de Copas antes de ela ficar do jeito que a gente conhece ela na história da menina Alice. Tinha o eBook há um tempo no Kindle, "comprei" naquela vez que várias editoras deixaram eBooks de graça durante uns dias no início da pandemia. Estou gostando da leitura, mas sigo meio indisciplinada; espero melhorar nas próximas semanas. Mas dos 10% que já conheço, dá pra dizer que vai ser uma ótima leitura.

Séries & Filmes - sigo sendo alguém que não assiste muitas coisas, mas tenho alguns destaques:

• Enola Holmes 2: adorei e recomendo; assim como o primeiro filme. Menina detetive na Londres Vitoriana? É pra esse tipo de história que eu vivo.
Knives Out: Glass Onion: achei tão legal quanto o primeiro e também recomendo. 
The Pink Floyd Story: Which One's Pink?: documentário de 2008, se não me engano, que o YouTube me recomendou. Já havia assistido há anos e é um favorito. Adorei rever e perceber que nada mudou em relação aos meus sentimentos pelo documentário e sobre o Pink Floyd. David, sempre vou te defender! Para assistir,

Tarot - esse ano tô meio preguiçosa para estudar, mas tenho a intenção de aprender melhor as cartas da corte. Usei o Mystical Manga Tarot em fevereiro, depois de mais de um ano, e foi ótimo reencontrar aquelas imagens; as ilustrações são cheias de segredos. No momento, estou usando o Mermaid Tarot, e estou me apaixonando aos poucos pelo universo das sereias naquelas cartas. É um deck bem ligado ao elemento da água e ao universo das emoções, pelo que pude perceber. Ainda preciso ler o guide book para ter mais certeza.

Música - Midnights (3am Edition) segue reinando supremo como a trilha sonora da minha vida, o único diferencial é que agora adentrei o submundo dos remixes de fã no YouTube e estou obcecada há meses por essas versões. Obrigada ao perfil Swift Leaks 2.0 pela versão acústica do álbum e obrigada também ao perfil EMO VEEJ por entregar o álbum de pop rock que sonho um dia receber da Taylor. The Great War é a minha favorita do álbum em qualquer versão e Anti-Hero talvez tenha se tornado a minha música favorita da Taylor. Outras músicas que são grandes hits na minha vida atual:

  1. Firelight (Within Temptation & Jasper Steverlinck): é a favorita do momento, o que o Last.Fm chamaria de obsession. Ouço todos os dias quando estou caminhando e deixo em loop.
  2. Angels (Within Temptation): ainda é cedo para dizer com certeza, mas acho que Within Temptation será a minha maior "descoberta" musical em 2023. Essa foi a primeira música que ouvi da banda e amei.
  3. Perfect Harmony (Within Temptation): adorei a história nessa música, um quê de conto de fadas.
  4. Heroes of Sand (Angra): quase fui no show do Edu Falaschi e, por isso, fiquei ouvindo essa música em loop durante boa parte de janeiro e fevereiro. Adoro.
  5. 21 Guns (The Original Broadway Cast feat. Green Day): deu saudades dessa música, aí resolvi ouvir a versão da Broadway e viciei por meses. Agora já deu uma amenizada, mas ainda ouço nas minhas caminhadas quando o shuffle decide.
  6. Nothing is Lost (You Give Me Strenght) (The Weeknd): não assisti ao novo Avatar e nem sei se pretendo, mas a música já é um hit no meu coração. Amei.
  7. Red Lights (Stray Kids): unit do Bang Chan e do Hyunjin lançada em 2021 e que eu ignorei completamente. Um grande arrependimento. Em todo caso, antes tarde do que nunca. Faz uns quatro meses que ouço com bastante regularidade e acho que dá pra dizer que é uma das minhas músicas favoritas de k-pop. 
  8. FAM (Stray Kids): essa música é pura diversão; não fui atrás da tradução, mas só pelo vídeo dá pra perceber que é uma música dos membros para eles mesmos e eu acho ótima. Uma das coisas que mais gosto nos grupos de k-pop é a amizade forte que acaba surgindo entre os integrantes, se tornam uma família. 
  9. Love Untold (Stray Kids): solo do Hyunjin, também conhecido como o meu bias do Stray Kids. Adorei essa música e, apesar de ele ser principalmente um rapper, gosto da voz dele quando canta. É uma voz que se destaca e que combinou com esse estilo. 
  10. Farewell, Neverland (Tomorrow x Together): todo lançamento do TXT é aguardado por mim com muita empolgação porque é sempre uma surpresa de bom gosto e não foi diferente com o álbum/EP novo. Essa é a minha faixa favorita, recebendo essa posição quando ouvi pela primeira vez. Esse grupo não conhece o fracasso, são perfeitos demais.
Por fim, resolvi reativar meu Instagram literário para ver se me sinto mais motivada para ler. Se quiser seguir: @michasreads. Também decidi começar um arquivo para deixar as minhas resenhas em texto escritas nos anos em que eu tinha blog e canal sobre livros, deixei o link na barra lateral. Tenho mais de dez anos de resenhas, então vai dar trabalho e vou fazer isso aos poucos.

E por hoje é só! Até a próxima!

30 de janeiro de 2023

MEUS DECKS DE TAROT FAVORITOS EM 2022

Apesar de já estarmos chegando ao final do primeiro mês de 2023, hoje estou aqui para falar dos meus decks de tarot favoritos do ano passado.


5º The Halloween Tarot (Kipling West - U.S. Games)



Só tenho elogios à esse deck! A qualidade das cartas é ótima e adoro as ilustrações com jeito de desenho animado. São divertidas, meio caricatas e me deixaram nostálgica de certa forma. O deck foi criado nos anos 90, então deve ter algo a ver com isso. Gostei muito da ideia de fazer uma releitura (jeito chique de chamar um clone) do Rider Waite Smith na terra do Halloween, com suas cabeças de abóboras, seus diabinhos, morceguinhos e fantasminhas. Por ser um deck temático, já sabia que nosso relacionamento seria curto, de apenas um mês. Mas não vejo a hora de me reencontrar com essas cartas e seus personagens excêntricos no próximo mês de outubro!

4º The Original Rider Waite Tarot (Arthur E. Waite & Pamela Colman Smith - U.S. Games)



Foi usando esse deck que descobri que o RWS é o meu sistema favorito, e em uma situação de fim do mundo são as ilustrações de Pamela Colman Smith que quero como companhia. A coloração meio esverdeada das imagens me fez ter a sensação de que estou me conectando com outra época, acessando alguma sabedoria antiga. Dos decks com esse efeito "envelhecido", talvez esse seja o meu favorito e sinto que irei usar muito essas cartas nos próximos anos... mas em 2023 elas vão aguardar, porque senti saudades do Radiant Wise Spirit (um dos meus em 2021) e decidi torná-lo o RWS de 2023, rs.

3º Crystal Visions Tarot (Jennifer Galasso - U.S. Games)



Algo nos tons de lilás e rosa me atraíram demais para esse deck, que estava na minha lista de desejos desde 2021. Descobri que a criadora se inspirou, em partes, na coletânea Crystal Visions, da Stevie Nicks e saber essa informação me fez gostar ainda mais das cartas. Este é um deck delicado e místico, mágico. As ilustrações parecem saídas de um livro de fantasia com ares de contos de fadas. Ainda falando da Stevie Nicks, o naipe de copas parece ambientado no cenário da capa do álbum Tango In The Night, lançado pelo Fleetwood Mac em 1987. Assim que devolvi o deck para a estante, depois de um mês em sua companhia, já sabia que iríamos nos reencontrar e estou ansiosa por esse momento.

2º Everyday Witch Tarot / Diário de uma bruxa (Deborah Blake & Elisabeth Alba - Ísis)


Meu deck favorito! Claro que não poderia deixar de fora da lista, até porque esse foi o deck que mais me fez companhia em 2022. Só guardei em outubro porque achei justo que o Halloween Tarot tivesse a sua chance de brilhar sozinho durante o mês. Tudo o que disse sobre o Everyday Witch em 2021 permanece e, na verdade, apenas aumentou. Essas são cartas que entendo tão bem que sinto que não preciso me esforçar para interpretar. É realmente intuitivo. 

Em 2023 quero dedicar minha atenção para os decks que ainda não usei ou que usei pouco, mas sei que não vou resistir e irei passar um tempo na companhia dessas cartas que amo tanto. E estou bem empolgada para quando o momento chegar <3

1º Tarot of The Sweet Twilight (Cristina Benintende - Lo Scarabeo)



Esse foi um deck que resolvi comprar apenas porque estava em promoção na Amazon e algo na caixinha chamou a minha atenção. Eu realmente não tinha como adivinhar que iria encontrar um verdadeiro tesouro. Talvez esse seja, como dizem os gringos, o meu soul deck. Essas cartas seguem um sistema próprio que até agora não entendi muito bem, então só me resta ler de forma intuitiva misturando algum conhecimento adquirido desde que comecei a me interessar pelo tarot. A estética geral meio Tim Burton não é exatamente o meu eu atual, mas fala totalmente com meu eu adolescente e eu amei demais perceber isso. É esquisito, é dramático, é melancólico e é super emo. Amei!