20 de novembro de 2022
Midnights (Taylor Swift, 2022) | TayloReview #02
10 de setembro de 2022
evermore (Taylor Swift, 2020) | TayloReview #01
17 de agosto de 2022
The road so far #01 • 17/08/2022
Hoje senti vontade de escrever no blog. Na verdade, já se passaram algumas semanas desde que a vontade surgiu, mas só agora consegui colocar a vontade em prática. Já estamos na metade do segundo mês do terceiro trimestre do ano e eu sinto que vivi tanto e ao mesmo tempo tão pouco desde a última vez que escrevi, que nem sei direito por onde começar. Acho que essa sensação de viver muito e pouco de forma simultânea é um resultado direto de o mundo ter "voltado ao normal" em 2022. Pelo menos para mim, esses últimos meses têm sido sobre me colocar de novo em movimento depois de viver em pausa. Acho que, em partes, tem sido assim para todos nós. E enquanto sigo meus caminhos, acabo me distraindo com outros interesses e me esqueço de voltar à internet. E tudo bem.
Mas hoje senti vontade de aparecer no blog e fazer jus à minha bio falando das coisas que eu gosto.
Webtoon - esse app é a única razão para eu ainda não precisar devolver a minha carteirinha de leitora. Desde maio, terminei a segunda temporada de Thrid Shift Society; adorei, mas provavelmente terei que reler quando a série retomar pois minha memória tá fraca. Terminei a primeira temporada de Rooftops & Roomates; também adorei, minha única crítica é para os capítulos curtos, mas como as atualizações aconteceram duas vezes por semana, nem sei se é uma crítica valida. Era só deixar para ler os dois episódios no domingo. Atualmente estou enrolando para concluir Mystical, porque sou apegada e amo demais a história, a arte e os personagens e não sei se estou pronta para dizer adeus. Essa Webtoon foi a primeira que comecei a ler, em 2020, e nem lembro mais de como era a minha vida sem acompanhar Garam e Myst. Comecei a ler When Jesy Whistles, que estou gostando, mas ainda estou no começo. A arte é linda, adoro o desenho (?) da protagonista e resolvi transformar em avatar no Twitter. Por fim, li uns episódios de True Beauty, que tinha pausado no fim do ano passado e não retomei por pura falta de disciplina.
Outras leituras - faz quase um mês que comecei a ler Violeta, de Isabel Allende. Nunca havia lido nada da autora e estou gostando desse primeiro contato. É um livro de ritmo mais lento, com uma protagonista já idosa contando a história de sua vida. Gosto desse tipo de livro. Antes desse, conclui a minha releitura de A História Sem Fim, que segue como um dos meus livros favoritos! Adoro tudo nesse livro, tudo mesmo! Também estou lendo Tales From The Shadowhunter Academy, porque a Cassandra Clare tem uns mil livros e eles não irão se ler sozinhos. Estou gostando, mas como esse ano não estou muito dedicada aos audiobooks, o livro ficou parado por meses. Resolvi continuar em eBook no Storytel e agora acho que vai. O que mais me surpreende nesse volume é que o protagonismo é do Simon, personagem que eu achava bem chato no começo da história, mas que ao longo de Os Instrumentos Mortais ganhou minha total admiração. Também sigo na leitura do mangá BECK: Mongolian Chop Squad, a melhor descoberta que fiz nos últimos tempos. Também fico enrolando para economizar, mesmo que a série tenha 34 volumes!
Filmes & Séries - me transformei no meu maior medo quando era adolescente: a pessoa que não faz a menor ideia de qual é o filme do momento, aquele imperdível e do qual todo mundo está falando. A última vez que participei do hype foi em dezembro de 2019 com o último Star Wars! Por favor, me ajudem, aceito recomendações de filmes que não sejam de super-herói. Há duas semanas, mais ou menos, finamente assisti ao primeiro filme de Downton Abbey e foi tudo o que eu esperava, amei cada instante e decidi que em algum momento preciso rever a série. Aí, descobri que saiu outro filme esse ano e quero muito assistir, mas não tenho mais paciência de ir atrás então vou só esperar que chegue em algum streaming. Desde maio, concluí o k-drama Vincenzo e gostei bastante! Acho que até agora não me decepcionei com nenhuma série coreana - mas eu só assisti três até o momento. Quero começar outro, mas ainda não escolhi; provavelmente será Hotel Del Luna. Assisti também a temporada mais recente de Stranger Things e ouvi dizer que opiniões ficaram divididas, mas não entendi o motivo. Adorei a temporada e preferi evitar a fadiga de tentar entender as reclamações. Recomendo.
Música - esse ano virei a pessoa que ouve praticamente todos os dias a mesma playlist que vai sendo alimentada quase diariamente com músicas escolhidas de forma aleatória. Recentemente, parei de ignorar as recomendações do algoritmo do Instagram, então qualquer música que prenda o meu interesse com um trechinho de 15 segundos nos stories ganha a oportunidade de ir para a minha playlist. Junto com elas tem uma mistura de coisas mais recentes e também algumas mais nostálgicas, da época que eu estava no colégio ou que remetam ao período. Eu tô amando esse revival do pop punk/emocore. Na playlist tem vários atos de k-pop e, claro, algumas da Taylor. Segue uma listinha das minhas favoritas dos últimos tempos:
- Supermodel (Måneskin) - adoro a voz do Damiano!
- All Too Well (Ten Minute Version) (The Short Film) (Taylor Swift) - nunca vou cansar da melhor música da Taylor, ela pode lançar quantas versões ela quiser e eu irei ouvir todas exaustivamente.
- Still Life (Bigbang) - o comeback que eu mais aguardei desde que comecei a navegar as águas do k-pop, o grupo que mais me fascinou liderado pelo meu idol favorito. Os reis do k-pop. Não sabia o que esperar e depois que ouvi percebi que não teria a menor chance de me decepcionar. Essa música soa atual e clássica ao mesmo tempo. É triste e é linda. G-Dragon, T.O.P., Taeyang e Daesung: eu amo vocês e não sei se essa é uma despedida, mas se for, obrigada e contem comigo para apoiar projetos futuros.
- Thursday's Child Has Far To Go (Tomorrow x Together) - esse grupo não erra e essa música é a mais pura perfeição. Amei desde que ouvi pela primeira vez e sigo amando.
- Fantasy (Thrillchaser) - recomendação do algoritmo, amei e ouvi todas as músicas da banda. Essa é uma das que mais ouço quando estou caminhando.
- TOP "Tower of God" OP (Stray Kids) - não li a webtoon e nem assisti ao anime, mas tenho total interesse apenas por essa música. Adoro!
- Levanter (Stray Kids) - mais uma deles porque o grupo é o meu favorito do momento. Essa é mais antiga, mas é perfeita. Repito: adoro o aspecto mais power e cheio de energia do grupo, mas as baladas e as mais sofredoras são as que me ganham sempre.
- Young Hearts (Commuter) - trilha sonora do primeiro Karate Kid, bastante esquecida no rolê e bem subestimada. Uma das minhas músicas favoritas do momento.
- Dream Like Me (Crowd Lu, The Black Skirts) - recomendação do Namjoon no Instagram que se transformou instantaneamente em uma música favorita da vida. Essa música é linda - e triste também.
Por fim, ouvi Harry's House. Mas como não ouvi tanto, não tenho muito o que comentar além de que senti que é o álbum mais maduro do Harry até o momento. Minha favorita é Little Freak. Também ouvi tudo que a Taylor Swift lançou esse ano e tô achando que é pouco, quero saber quando vem a próxima regravação ou álbum inédito. Não aguento mais sentir saudades da Taylor.
Outros interesses - sigo bastante interessada em journaling, um dos meus maiores hábitos em 2022. Aceito todas as recomendações do Youtube sobre o assunto e estou sempre procurando listinhas de prompts para quando não estiver me sentindo muito inspirada ou quando sinto a necessidade de mudar um pouco o tom da ~narrativa em dias mais difíceis. Continuo adorando ler e pesquisar e colecionar decks de tarot. Atualmente, estou apaixonada pelo Crystal Visions Tarot. A paleta de cores em tons de roxo, rosa e azul é muito minha vibe, assim como as ilustrações de criaturas do reino das fadas, sereias, dragões, etc. Estou adorando o simbolismo das cartas e também as leituras profundas que elas têm me proporcionado.
É isso! Tô sumida, mas tô bem. Para acompanhar minhas leituras, é só seguir lá no Goodreads. Não tenho lido muito, mas tento manter as coisas atualizadas por lá. Para ouvir as músicas, é só visitar minha playlist feeling 2022 que vou deixar na barra lateral. Quanto às redes, tem o meu Instagram literário, que tá em hiatus, e o Twitter, que às vezes eu lembro que existe e posto alguma coisa. Agora vou ficando por aqui, espero que quem esteja lendo esse post esteja bem também. Até o próximo!
17 de maio de 2022
Sobre manter um journal & dicas para quem quer começar
Journaling 101
- Se apresente. Fale um pouco sobre você, qual é a sua história até agora, como você se enxerga.
- Por que você quer manter um journal? Você pode discorrer sobre isso ou fazer uma lista dos motivos.
- Faça um resumo da sua vida no momento e como você está se sentindo
- Favoritos! Livros, filmes, séries, músicas, etc. Podem ser da vida toda ou só de agora. Fale do porquê de serem os seus favoritos. Falar das coisas que a gente gosta é uma ótima forma de desbloquear algumas travas.
- Registre um fato sobre o seu dia. Pode ser o mais aleatório e banal, vai ser divertido reler no futuro.
15 de abril de 2022
FAVORITOS DE 2022: JANEIRO, FEVEREIRO E MARÇO | REVIEW DO 1º TRIMESTRE
28 de março de 2022
journaling - morning pages
Estamos caminhando para o fim do primeiro trimestre do ano e eu não faço ideia do que ele representou para mim. Foram meses muito estranhos. Há uma certa retomada de normalidade, ainda que não esteja tudo normal. Mas é aquilo: life goes on...
Então a gente busca se ajustar e tenta seguir na medida do possível. Para mim, acho que o mais importante desses primeiros meses foi poder voltar a enxergar a possibilidade de fazer planos e, com isso, conseguir visualizar um futuro diferente do presente. É um futuro meio incerto, mas não foi assim sempre?
Ontem resolvi voltar para o Twitter. Retomei o meu antigo username. À princípio, é só para eu ter um lugar para compartilhar links de coisas que gosto ou postei na internet. Não acho que saiba mais usar a rede como antigamente e nem sei se quero saber. Na verdade, sei sim! Não quero! Hoje a minha saúde mental é algo que eu valorizo muito mais e me afastar ao máximo da toxicidade daquele espaço e sua bolha é algo que importa para mim. É necessário silenciar os ruídos para que se possa ouvir a própria voz.
Então é isso; o Twitter é só para eu ter um espaço de compartilhamento. Ainda não faço ideia de como farei a minha voz ter algum alcance por lá. Pensando bem, também não sei dizer se quero um alcance. Só quero um espaço para falar quando sentir vontade. E, quem sabe, conversar com pessoas que pensem igual. Pode ser que eu use mais do que eventuais compartilhamentos de links. Mas, sinceramente, não sei como será. É uma experiência. Se for ruim, posso sempre excluir novamente.
Começo a perceber enquanto escrevo essas palavras que voltar ao site com um perfil pessoal é quase como meu jeito de dizer que estou pronta para voltar à vida depois da pandemia. Depois dos meus anos perdidos. Ontem li um texto ótimo da Maki no blog Desancorando em que ela fala justamente dos Anos Perdidos e como praticamente todo mundo passa por essa fase na vida. E isso não quer dizer que você precise ser definido por eles; são só um capítulo em uma história bem maior e complexa.
Eu ainda não sei o que os meus anos perdidos representaram e nem quais lições eles me ensinaram, mas estou pronta para deixá-los e seguir em frente. Hoje começo a valorizar a paciência e tenho aprendido a exercê-la. Uma hora tudo vai se encaixar e eu vou entender o que agora ainda está confuso, vou processar as lições que já assimilei de forma inconsciente e vou passar por aquele momento em que tudo faz sentido e balanço a cabeça sorrindo para mim e digo "ah, então era isso que o universo estava querendo me ensinar!". Esse momento vai chegar e eu estou pronta para ele. Mal posso esperar!
♡
25 de janeiro de 2022
Sobre Tarot, novos interesses e meus decks favoritos em 2021
Em 2021 eu virei mística. Na verdade, acho que sempre fui e só agora é que aceitei essa realidade. Junto com essa constatação, veio também a vontade de colocar em prática algo que queria fazer há alguns anos, mas sempre acabava deixando de lado por algum motivo qualquer: aprender a ler o Tarot. Entrar em mais um ano de isolamento social, sem saber quando uma vacina iria chegar e, de forma geral, sem me sentir confortável para planejar qualquer coisa além de me manter viva e saudável e fazer a minha parte para garantir o mesmo para outras pessoas, se mostrou o cenário perfeito para me dedicar à atividade. Mais do que nunca, em 2021 eu precisei encontrar mais formas de escapar da realidade para manter alguma sanidade e o Tarot se revelou uma ótima ferramenta - tanto de uma perspectiva mais psicológica e terapêutica, quanto por um viés mais espiritual. Mais do que qualquer coisa, aprender sobre Tarot me trouxe paz em tempos de caos e eu sou muito grata por isso.
Assim, empenhada em me dedicar ao aprendizado, decidi que me daria um deck de presente de aniversário. Eu já tinha um Tarot de Marselha adquirido alguns anos atrás, mas depois de algumas tentativas frustradas de me conectar com aquelas imagens, desisti e resolvi investir em outras cartas. Depois de uns dias de pesquisa pela internet, lendo reviews e assistindo vídeos no Youtube, encontrei o deck que fazia meus olhos brilharem e assim começou de verdade a minha relação com o Tarot. Minha irmã me disse que encontrar decks de Tarot é que nem descobrir o bias de um grupo de k-pop: não é a gente que escolhe, eles que nos chamam. Quando o Mystic Faerie Tarot me chamou, só me restou atender ao chamado.
Desde então, comecei a pesquisar mais sobre o assunto em livros e sites na internet, além de acompanhar a comunidade online no Youtube - principalmente a gringa, com gente de tudo quanto é canto do mundo. Aos poucos, comecei a fazer minhas próprias tiragens e a atividade vem se revelando uma ótima forma de acessar o inconsciente e obter autoconhecimento. Junto com a terapia e a escrita, o Tarot tem sido de grande auxílio na manutenção da minha saúde mental - principalmente quando precisei pausar a terapia.
Sempre que encontro uma nova paixão, fico querendo mais. Foi assim com livros, com maquiagem, com caderninhos, com camisetas e, claro, tem sido assim com decks de Tarot. Com poucas opções de lazer em uma realidade de isolamento social, optei por ser indulgente comigo e me permiti uma quantidade considerável de decks para uma novata. Alguns já viraram bons amigos, outros ainda preciso conhecer um pouco melhor e tem aqueles que sei que vão esperar um pouquinho porque preciso ganhar mais experiência. Em todo caso, gosto da ideia de ter uma pequena coleção particular ao meu alcance sempre que eu precisar. Tenho pensado nos meus decks da mesma forma que penso nos meus livros: investimentos em mim e promessas para o futuro.
***
Enquanto sigo aprendendo, pensei que seria legal manter um registro dos meus decks favoritos ao longo dos anos. Em 2021, foram cinco os decks que mais me marcaram e contribuíram para o meu aprendizado. Vou falar um pouco sobre eles nessa segunda parte do post.
Mystic Faerie Tarot (Tarô Místico das Fadas, Barbara Moore & Linda Ravenscroft)
Meu primeiro deck de verdade e que considero minha real introdução ao Tarot. O que mais me atraiu para esse deck foi a forma lúdica que Barbara Moore utilizou para apresentar os arcanos. Apesar de seguir o sistema Rider Waite Smith, aqui somos convidados à entrar em um jardim habitado por fadas e cada naipe tem a sua própria história, ou melhor, seu próprio conto de fadas. As belas ilustrações de Linda Ravenscroft dão vida às cartas, além de esconderem (acho) alguns simbolismos relacionados à mitologia de fadas e ao paganismo. Ainda quero estudar melhor esse deck e me aprofundar mais nos detalhes. Por trazer uma estrutura própria e por eu ainda estar começando a estudar Tarot quando o adquiri, sinto que perdi algumas coisas e um reencontro deverá revelar muitas novas surpresas. Aqui no Brasil, esse deck foi lançado pela editora Ísis com o título Tarô Místico das Fadas.
Adquiri esse deck no kit Tarot Made Easy: Your Tarot, Your Way e confesso que só o fiz porque tinha interesse no livro escrito por Barbara Moore. Depois de meses me virando apenas com guidebooks de decks e informações da internet, senti a necessidade de procurar um livro de introdução ao Tarot e de todas as opções, essa me pareceu a mais favorável. Assim, imaginei que usaria o deck apenas para estudos, mas logo percebi que estava enganada. Acho que dá para dizer que esse deck é o que os gringos chamam de um clone do Rider Waite Smith, mas eu não enxergo isso como demérito. O trabalho de Eugene Smith com as ilustrações é, a meu ver, uma modernização da arte tradicional de Pamela Colman Smith com o intuito de tornar o Tarot algo mais atraente para iniciantes. As cores vibrantes e o movimento das ilustrações me lembra os desenhos animados que eu gostava de assistir quando era criança e, justamente por isso, não demorei para me conectar com as cartas. Há algo de familiar, nostálgico, seguro e, ao mesmo tempo, bastante direto na forma como esse deck se comunica com o leitor. Gostei tanto dele que adquiri uma versão mini para carregar na bolsa e levar em viagens.
Infelizmente, não existe uma versão traduzida para o português, mas a versão que eu comprei pode ser encontrada facilmente na Amazon e entra sempre em promoção. Existe também uma versão chamada Llewellyn's Classic Tarot em uma caixa amarela, mas ela está sempre bem mais cara e é vendida apenas por vendedores internacionais no Amazon Market Place.
Mystical Manga Tarot (Barbara Moore & Rann)
Esse deck se tornou um sonho de consumo assim que soube de sua existência e eu fiquei muito feliz quando ele voltou ao estoque da Amazon e eu pude adquiri-lo. Ele segue o sistema RWS, que funciona apenas como uma base para que o ilustrador e a autora acrescentem detalhes e interpretações próprias. A arte segue o estilo de mangá e as cartas são cheias de detalhes que vão revelando seus significados aos poucos. O livro que o acompanha, de autoria de Barbara Moore (!), é um dos que mais gostei, pois traz informações sobre o deck, mas também faz um apanhado geral sobre a história do Tarot e a jornada do Louco e apresenta algumas ideias de tiragens que gostei bastante. Conforme fui usando, percebi que esse é um deck bem profundo também - pelo menos foi essa a experiência que tive com ele -, como se ele tivesse camadas além da primeira impressão. Senti também um aspecto de sombra em algumas cartas que achei bem interessante. Depois de um mês usando apenas ele, precisei parar um pouco porque senti que algumas imagens estavam me perturbando um pouco. Claro que isso pode ser só meu inconsciente projetando alguma coisa, mas acho que há algo de intencionalmente incômodo na arte e adorei isso.
A única desvantagem desse deck é que as cartas são bem finas e com poucos dias de uso já começaram a ficar com desgastes notáveis. Se eu soubesse disso, provavelmente não teria comprado, pois pelo preço pago esperava algo melhor. Espero que uma nova impressão traga cartas mais resistentes. Infelizmente, esse deck também não tem uma versão brasileira, mas a versão importada pode ser encontrada facilmente na Amazon. O preço costuma variar, então vale a pena ficar atento.
Radiant Wise Spirit Tarot
Não demorou muito para eu perceber que para avançar nos estudos eu iria precisar de um Rider Waite Smith e a versão Radiant Wise Spirit logo despertou o meu interesse. A ausência das bordas originais e a modificação das cores fez algo de muito mágico com as ilustrações de Pamela Colman Smith. Não sei explicar muito bem, mas é como se as imagens se tornassem mais visíveis. O deck não é perfeito, algumas das ilustrações ficam notavelmente saturadas e digitalmente recortadas com um olhar mais atento, mas esse é um detalhe que eu consigo ignorar pois acho as cartas lindas. O verso é um dos meus favoritos e as cores fazem meus olhos brilharem. Esse é um deck que eu sinto que sempre será um preferido. Um dos aspectos que mais gosto no RWS, não importa a versão, é que uma vez que a gente começa a amar, a gente sabe que sempre vai voltar para ele. Então eu sei que todo ano irei ler com essa belezinha.
O Radiant Wise Spirit Tarot foi lançado pela editora italiana Lo Scarabeo, que costuma lançar seus decks com um livreto em quatro idiomas e uma das línguas no livreto desse deck é o português! O deck também está sempre em estoque na Amazon, mas os preços ficam sempre variando. Então, vale a pena ficar atento para não pagar mais caro.
Everyday Witch Tarot (Diário de uma Bruxa, Deborah Blake & Elisabeth Alba)
Meu deck favorito! Lembro que quando comecei a usar esse deck, não precisei fazer esforço algum para compreender as mensagens das tiragens e foi assim que entendi o que as pessoas queriam dizer com ler intuitivamente. As ilustrações dessas cartas são, além de muito bonitas e divertidas, bastante claras e diretas. Pelo menos para mim. Adoro a temática de bruxinhas e o aspecto meio caricato de desenho animado que mexe com o meu imaginário. É um ótimo deck para o dia a dia, mas isso não quer dizer que ele não seja profundo, pois ele já me deu uns tapas na cara também. Me disse umas verdades, sabem? É um deck bem versátil, que se adapta facilmente às necessidades do leitor. E eu adoro que todas as cartas trazem um gatinho às vezes em situações mirabolantes, às vezes apenas companheiro. Gosto tanto desse deck que também comprei uma versão mini para carregar comigo para onde eu for. E na ocasião de fim do mundo em que eu só poderia salvar um deck, ele seria a minha escolha. Esse é o tamanho do meu amor por esse deck.
Essa belezinha tem sim uma versão brasileira que foi lançada pela editora Ísis e se chama Diário de uma Bruxa. A qualidade das cartas é ótima e é bem fácil de achar na Amazon e também em lojas no Mercado Livre e na Shopee.
❤